
Desespero soturno
As sombras se espalham pela noite sombria,
e fazem reinar soberana, uma escuridão doentia
que me intontece, inebria e
me remete á mais profunda melancolia.
Dor, desespero, solidão!
Companhias funéreas com que me presenteia a escuridão,
insanidade brutal que me devora o coração.
Lágrima de sangue vivo cortando a negra imensidão.
Espinhos na carne me incendeiam,
dores etéreas me rodeiam,
soturnidades que na calma negra vagueiam.
Sonhos quebrados, esperanças reminiscentes
rugem como o mar bravio
no meu peito incandescente!
