
Descanso das almas
É madrugada, e se estende
na escuridão o silêncio mortal
dos corpos adormecidos, hospedeiros
de sonhos há muito esquecidos.
Vítimas fatais de um mundo corrompido
mentes em cólera por um amor não correspondido.
Corações sangrando e almas feridas.
Crimes nefastos no passado cometidos.
Buscam atônitos por um refúgio,
mergulham no interior fúnebre das
suas mentes e descansam, inertes
na imensa solidão de seu próprio mundo.
Descansa enquanto é tempo, alma soturna!
Que logo tuas aflições consumirão sua essência,
que logo teu sono será findo,
e a tua chaga será eterna!