AOS HUMANOS AMANTES

Uma dica para a humanidade: quando disser a uma pessoa que a ama, tenha a certeza de que será capaz de arcar com o que diz... O pequeno príncipe é sábio ao declarar que " torna-te eternamente responsável por aquilo que cativas.".
Quando eu digo "eu te amo" a alguém, é justamente porque sou responsável por traduzir nessas palavras a fidelidade do que eu sinto, o respeito que tenho, os desejos de felicidade, a vontade de estar perto... Sem falar no universo de significados que um "eu te amo" tem.
Portanto seja sempre sincero consigo e pense bem antes de dizer palavras tão carregadas de sentimento, ao dizer e receber de volta essas palavras, o meu desejo é de que a verdade do que eu digo seja compatível com a verdade do sente aquele que fizer por  merecê-las.


Sem mais.

SOMENTE ALGUMAS PALAVRAS... 


Em minha mente tento imaginar em que momento deixei minha inspiração escapar, não entendo como alguém que escreveu a vida inteira de repente não sabe mais fazer isso, num instante estou debruçada sobre o papel, noutro lamentando não ter o que escrever.
          Se ao menos eu soubesse qual foi esse momento perdido poderia tentar resgatá-lo, mas não o sei, o que me resta agora? Tantas coisas são belas, poéticas e transcendentais, mesmo assim tudo que sinto é um enorme vazio cada vez que tenho a caneta em minhas mãos.
          Saudades, é o que sinto dos momentos em que tudo me inspirava, hoje da minha cabeça só saem palavras científicas e frias... mas eu queria o ardor das palavras repletas de sentimento e magia, onde cada uma delas me levam a caminhos por ninguém percorridos, lugares nunca visitados, sonhos em sua mais pura essência!
          O meu sonho agora é ter tudo isso de volta, procurar a inspiração perdida e retomar as rédeas da minha carruagem dourada e ardente de palavras tão cheias de sentimentos que são capazes de emocionar ao seu simples pronunciar. Mas Como?


                                 EU NÃO SEI.

Delírio  

Cenas incríveis me passam pela cabeça todas as noites, são retalhos de memória, de sonhos, de desejos...de tudo!

   Paro e imagino se em cada uma delas eu depositei minha essência, pois essa penso estar entranhada em meus pensamentos, sei que pareço repetitiva com este discurso, mas creia-me: nada é mais real.

  Antes sonhava em escrever ao mundo, depois em escrever para pessoas em tempos além do meu, hoje escrevo a quem possa interessar...

   Não que eu mesma tenha perdido o interesse, pelo contrário, acho que tudo que sai das pontas de meus tinteiros é minha própria essência, que pretendo espalhar em cada uma das mentes ansiosas de novos caminhos e oportunidades, assim como as cenas em minha mente...

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Cada uma dessas cenas me trazem perfumes e sabores inesquecíveis, mesmo que ainda não tenha vivido metade delas!!

Mea Culpa

Somos fadados ao fracasso
quando deixamos de acreditar em algo,
esquecemo-nos das coisas das quais gostamos
e entregamo-nos ao nada.


Pecamos contra nós mesmos!
O perdão pedimos, desejosos...
mas o desejo sucumbe ao entendimento,
contra mim eu pequei, perdoado serei.


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(Em frente ao espelho)


perdoa-me por não deixar escorrer por meus olhos
as lágrimas guardadas,
por não permitir que meus dedos entrelaçassem a tinteiro...
perdoa-me por sucumbir ao meu próprio esquecimento!

O poeta da escuridão

Em meio á escuridão
eu busco a luz dos teus olhos,
o ardor dos teus lábios,
o afago dos teus braços.

Mas essa escuridão maldita
me remete á uma solidão aflita,
ao frio despido
de um corpo sem vida.

Oh poeta das noites frias,
faz-me companhia, pois
que o meu amado já não cintila a vida.

Levanta-te e abraça-me
com teus braços de poesia
beija-me com teus beijos de euforia!

Descanso das almas



É madrugada, e se estende
na escuridão o silêncio mortal
dos corpos adormecidos, hospedeiros
de sonhos há muito esquecidos.

Vítimas fatais de um mundo corrompido
mentes em cólera por um amor não correspondido.
Corações sangrando e almas feridas.
Crimes nefastos no passado cometidos.

Buscam atônitos por um refúgio,
mergulham no interior fúnebre das
suas mentes e descansam, inertes
na imensa solidão de seu próprio mundo.

Descansa enquanto é tempo, alma soturna!
Que logo tuas aflições consumirão sua essência,
que logo teu sono será findo,
e a tua chaga será eterna!

Beijo Púrpura

Paira na amplidão negra do universo
um ar de mistério,
o cenário perfeito
no meu mundo funéreo...

O bailar dos corpos,
brancos como a bruma
embala a mais sombria lembrança
da noite mais linda e escura.

Onde vago iluminada pelo luar,
e deleito-me em meio as rosas
vermelhas como sangue.

Meu canto, vasto de solidão
se estende pela eternidade  e errante,
leva consigo, num beijo púrpura, a vida pulsante.