
Estou só, mas sinto penetrar em minh'alma
uma companhia desagradável.
é uma tristeza necrófaga,
que aos poucos me consome a alma.
Luto contra ela, mas cada vez que
ela se levanta, sopra-me como
o vento frio de uma noite sombria,
o uivo insane da tristeza ecoa em meus ouvidos.
Essa insanidade transcendental, evoca
meu nome e em meio à penumbra, oferece-me
um mundo funéreo de sonhos despedaçados.
Dos seus lábios febris se desprende
um beijo de escárnio,
dos seus olhos de pérola é visível
um fio de volúpia ardente.
Mas em suas mãos etéreas,
reluz o carmesim
da rosa de melancolia
com que me venera.
Recuso este presente maldito e lhe digo:
- Afasta-te, tristeza lúgubre,
que dos meus negros olhos jamais se esvairá
a última gota da tua utopia...
A minha esperança.
Poesia transcendental Byroniana...essência viva da Alma do poeta...
ResponderExcluirsábias palavras ditas pelo grande Álvares de Azevedo!!